sexta-feira, 10 de outubro de 2014

BRASILEIRÃO: Chapecoense goleia Internacional por 5 a 0; Veja!

Foto: Getty Images
O que era para ser uma semana tranquila, de euforia e idolatria, se transformou em dias tensos e de preocupação. Ao ser goleado pela Chapecoense na quinta, por 5 a 0, o Inter desperdiçou a chance de colar no líder e de fazer uma partida com ânimo mais leve no domingo, contra o Fluminense, que marcará o reencontro do ídolo Nilmar com o Beira-Rio. Agora, a mesa virou. E o contato com a torcida é visto com apreensão, em meio à busca pelo resgate da "dignidade" da instituição após um revés de proporções não registradas há mais de uma década.
A volta de Nilmar ao seu lar, combinada a um bom resultado em Chapecó e a uma força da meteorologia, fazia a direção do clube projetar até 35 mil pessoas ou, quem sabe, até mais, o que poderia superar o público do Gre-Nal de 10 de agosto, de 37.222 pessoas. A empolgação com o momento do time era tanta que 14 mil ingressos haviam sido garantidos pelos torcedores até a noite de quinta. Normalmente, a procura nesse período é de, no máximo, 8 mil bilhetes. De aliados, os fãs podem passar a críticos. 
- Muitos deles acho que podem olhar de uma maneira mais radical, surreal. Pode haver uma revolta. Essa é a dor que a gente também sente. Eu tenho certeza de que eles querem reação domingo, não quer ver o time abatido, pelo pior momento que seja. Não tem outra maneira a não ser olhar para a frente - analisa o meia Alex.
A direção admite o mau momento. No vestiário da Arena Condá, o vice-presidente de futebol Marcelo Medeiros falava com dificuldade, voz rouca e tom pesado. Usou palavras fortes, adjetivos acalorados. O mesmo valeu para Abel Braga, que chegou a falar em "dignidade" nas próximas rodadas, praticamente se eximindo da busca em alcançar o Cruzeiro. Os mineiros haviam perdido na quarta, e um resultado positivo em Santa Catarina deixaria o Inter a seis pontos do rival.
- Para que a gente possa reverter essa noite desastrosa a gente vai precisar muito no domingo de paciência e cumplicidade do nosso torcedor. Eles estão sangrando hoje, com vergonha da atuação do Inter. Temos que dar um passo recuperando nossa dignidade, a compreensão exata da camiseta do Inter e fazer do jogo contra o Fluminense um momento decisivo. Não vamos apagar esse jogo. Hoje é uma noite difícil de esquecer. Mas é momento de curar a ferida, o campeonato tem mais 11 rodadas. Daqui em diante é erro zero - apregoa. - O que eu peço é o comparecimento em massa do torcedor, para que fiquem ao nosso lado. É um momento delicado, mas o torcedor tem todo direito de aplaudir, de vaiar, faz parte.
- Agora, é pela nossa dignidade. Temos que jogar por um caráter que nós temos. Sabemos o que representa para nós essa camisa, o peso que ela tem. Não vamos abaixar os braços com essa marca negativa - completa Abel.
Título? Prioridade é se manter no G-4
Além da questão anímica, há os problemas relacionados à tabela. O Inter deixou a segunda colocação após três rodadas. Está com 47 pontos, um ponto atrás do novo vice-líder São Paulo e mais um à frente de Grêmio e Corinthians. Ou seja, pode sair do G-4 no domingo. O que faz técnico, direção e grupo de jogadores adotarem um discurso mais humilde. 
- Não quero nem olhar para isso (tabela). A gente não joga a toalha para nada, mas não dá para ficar olhando para o Cruzeiro quando está todo mundo embolado - admite Alex.
- Não vamos olhar para a frente, vamos olhar para trás, ainda estamos no G-4. Será o jogo das nossas vidas - reforça Abel.
Não é à toa que o Inter teme a reação da torcida no próximo jogo em casa. No último revés no Beira-Rio, 3 a 2 para o Figueirense, de virada, em 7 de setembro, dezenas de colorados se postaram próximos ao vestiário após o duelo e pressionaram Abel, que precisou esperar um tempo a mais para deixar o estádio. Além disso, gritaram palavras de ordem contra a gestão do presidente Giovanni Luigi.
A goleada sofrida nesta quinta foi histórica. O Inter não levava cinco gols desde 2004, na derrota de 5 a 1 para o Vasco, na estreia de Joel Santana no comando do time. Em 2003, levara seu último 5 a 0 no Nacional, para o São Caetano, de Tite. Muricy Ramalho treinava o Colorado.
Pela programação oficial divulgada pelo clube, a comissão técnica permanece em Santa Catarina e treina às 15h30 desta sexta-feira. No início da noite, parte para Porto Alegre, onde às 16h de domingo recebe o Fluminense, oitavo colocado com 42 pontos.
Fonte: GE

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