Foto: Meio Norte |
Ao se observar os indicadores por raça ou cor e por quartis de renda da população e também por áreas urbana e rural e regiões do país, as disparidades do país ficam nítidas. Há uma diferença de aproximadamente 20 pontos percentuais (pp) entre as taxas de jovens declarados brancos que concluíram o EF aos 16 anos e o EM aos 19, que são respectivamente 81% e 65,2%, e aqueles que se declaram negros – 60% e 45%. Em relação aos que se consideram pardos, a diferença é de 14,9 pp a menos em relação aos brancos na taxa de conclusão do EF na idade certa, e de 19 pp no indicador do EM. As desigualdades socioeconômicas também são evidentes. No Ensino Fundamental, por exemplo, o quartil mais pobre apresenta taxa de conclusão igual a 59,6%, enquanto entre os 25% mais ricos, esse percentual é de 94%.
No Ensino Médio, esses valores são, respectivamente, 32,4% e 83,3%. Em relação à localidade, os dados mostram, ainda, que nas áreas rurais, o percentual de alunos que concluem o EM até os 19 anos (35,1%) é bem inferior ao das áreas urbanas (57,6%). Entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste, foi o que mais avançou no percentual de alunos com EF concluído até os 16 anos, 15,7 pp, desde 2007. No entanto, a região apresentou em 2013 o segundo pior resultado (60,4%), à frente apenas do Norte (57,6%). O Sudeste é a região com maior taxa de conclusão do EF até os 16 anos, 81,2%, porém, a que apresentou menor crescimento desde 2007 (5,2 pp). Na região Centro-Oeste, a regressão nas taxas em 2012 ainda não alcançaram os níveis de 2011. Em relação à conclusão do Ensino Médio até os 19 anos, a região que mais avançou desde 2007 foi também o Nordeste (13,5 pp).
Neste indicador, o cenário se repete: o Norte apresenta a taxa mais baixa (40,4%) e o Sudeste a mais alta (62,8%). Entretanto, o Sudeste, assim como o Sul, teve o menor crescimento, 5,2 pp, em relação ao início do monitoramento. O comportamento na região Centro-Oeste é igual ao observado no Ensino Fundamental. Entre os estados, somente dois alcançaram em 2013 ambas as metas de conclusão na idade certa: Mato Grosso, 82% no EF e 53% no EM, e Tocantins, 76,5% e 56,6%, respectivamente.
A diferença de mais de dois anos entre a idade do aluno e a idade prevista para a série em que ele deveria estar matriculado é o parâmetro utilizado no cálculo da taxa de distorção idade-série que vem diminuindo gradualmente desde 2007. No Ensino Fundamental, passou de 27,7% dos alunos para 21%. No Ensino Médio, a taxa em 2007 era de 42,5% e passou para 29,5% em 2013. Os dados são do Ministério da Educação (MEC).
Fonte: Meio Norte
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